Circuito Mixila x Vinte Um
Terceira parte da aventura solo pela Chapada Diamantina, realizada entre os dias 7 de janeiro e 10 de fevereiro de 2011. A navegação pelas trilhas foi feita utilizando apenas o mapa “trilhas e caminhos” e bússola.
Dia 16: Cachoeira do Sossego.
No dia anterior o tempo havia fechado, e desde então a ameaça de chuva era uma constante. Essa manhã não foi diferente, amanheceu com chuva fina e grande nebulosidade. Ainda assim, preparei tudo para a trilha, e um pouco mais tarde o sol apareceu. Mais uma vez, fui perguntando até encontrar o início da trilha. Por volta de 10h iniciei a caminhada, que tem sua parte inicial calçada por pedras e ladeada por cercas. No caminho passei por um quiosque, onde peguei mais algumas informações. Continuando “reto” pela trilha, chega-se ao Ribeirão do Meio, para ir para o Sossego deve-se pegar uma bifurcação a direita. Após tomar a direita e andar uns 3mim, resolvi voltar e conhecer o Ribeirão do Meio primeiro. Quando cheguei na bifurcação novamente, tinha uma mulher urinando exatamente na bifurcação, isso me deixou irritado, não custava nada andar uns 10m pra fora da trilha, evitando o mal cheiro naquele ponto, além do constrangimento.
As 10:30h já estava no Ribeirão do Meio, é um lugar agradável, com um “escorrega” natural e um poço de tamanho razoável. Por ser perto, tem elementos “farofísticos”, como tiozinhos vendendo “churrasquim de gato” e cerveja. Bati algumas fotos e já segui em direção a Sossego. Como não queria voltar até a bifurcação, segui uma trilha “alternativa” na direção que eu desejava. Essa primeira parte da trilha é mais afastada do rio e em alguns trechos é possível ver grande parte do vale. Depois de 40mim por essa trilha, cheguei numa barraquinha abandonada na margem do rio, a partir daí segui alternando entre pula-pedras e trilhas nas margens, ora pela direita ora pela esquerda. O leito do rio tem muitas pedras grandes, facilitando assim andar pelo mesmo. O curioso é que algumas dessas pedras possuem furos circulares na horizontal, atravessando de um lado para o outro. Em um dos trechos, na margem esquerda, tem uma bifurcação de onde sai uma trilha perpendicular ao rio, fiquei curioso quanto a trilha mas segui em frente. Essa parte é bem íngreme e deve-se ficar atento ao ponto de voltar ao rio, já que a trilha segue direto. Mais a frente as margens se inclinam ainda mais, tornando-se paredões que dão início a um canyon, essa parte final é a mais bonita, já que os paredões são estratificados e com a vegetação saindo pelas fendas.
Escorrega, no Ribeirão do Meio. |