quarta-feira, 15 de junho de 2011

Chapada Diamantina - Parte II

Travessia Mucugê x Igatu x Andaraí

      Segunda parte da aventura solo pela Chapada Diamantina, realizada entre os dias 7 de janeiro e 10 de fevereiro de 2011. A navegação das trilhas foi feita utilizando apenas o mapa “trilhas e caminhos” e bússola. 

Dia 9: De volta a Mucugê.

      Domingo pela manhã fui até a praça de cidade, onde acontecia a famosa Feira de Cascavel, tomei um delicioso café da manhã, com pastéis e caldo de cana fresquinhos. Depois disso, fiquei andando pela feira até o horário do ônibus, vi algumas coisas curiosas, como a forma que eles vendem carnes, como se estivessem vendendo roupas ou frutas, espalhadas e penduradas pela barraca.

Feira em Cascavel.


      Meu ônibus estava marcado para ~11:30h, mas atrasou quase 1h. Com isso, cheguei em Mucugê já no meio da tarde. Fui direto ao hotel do Sr. Gordinho e me instalei por lá. Pra tentar salvar o dia, decidi ir até o projeto Sempre Viva, lá eu poderia visitar as cachoeiras Piabinha, Tiburtino, Funil e Andorinhas. Informaram-me que não existiam trilhas, então fui pelo asfalto mesmo, foram 5km desagradáveis quase sendo atropelado o tempo todo, já que não tem acostamento, cheguei por volta das 15:30h. Enquanto passava pelo estacionamento, fui “abordado” por uma das monitoras do projeto, que já me avisou sobre a taxa de R$ 10,00, achei justo, já que visitaria vários atrativos. No entanto, segundo ela, não poderia visitar as cachoeiras Funis e Andorinhas, sendo necessário a contratação de um guia. A trilha entre a Tiburtino e a funil tem cerca de 4,5km, e são no mesmo rio, não tem a menor necessidade de um guia para tal. Achei que não valia a pena, e como já era quase 16h, decidi deixar para o outro dia e visitar todas as cachoeiras com calma. 

      De volta a cidade, fiquei por lá visitando as lojas de artesanato e colhendo informações para o dia seguinte. Mucugê é de longe a cidade mais bonita que visitei na chapada, tudo muito bem preservado, organizado e limpo, sem contar que lá é super fresco, devido a altitude, chegando até fazer um friozinho durante a noite. 

Praça de Mucugê a noite.

      A noite fui até o cemitério “Bizantino”, que fica um pouco isolado da cidade, aos pés do morro do Cruzeiro. Realmente é muito interessante, todos aqueles túmulos brancos em formato de pequenas igrejas. Sem contar o belo efeito que a iluminação produz. Segundo moradores locais, o cemitério foi criado devido a um surto de cólera, no qual morreram várias pessoas. Naquela época não era “permitido” enterrar fora da igreja, no entanto, não cabiam todos dentro dela. Na impossibilidade de construir igrejas a tempo, fizeram os túmulos em formato de pequenas igrejas, resolvendo assim o impasse.

Cemitério Bizantino em Mucugê.

Dia 10: Cachoeiras do rio Cumbuca

      No dia anterior havia me informado sobre uma trilha que chegaria direto na cachoeira do Funil, e a partir de lá poderia conhecer as outras cachus. Após tomar o café da manhã e preparar um lanche para a trilha, segui para o sul da cidade, onde inicia uma estrada de terra, do outro lado do asfalto. Andei alguns minutos pela estrada e logo cheguei a uma bifurcação em “T”, onde entrei a direita. A estrada inicial segue quase paralela ao rio Mucugê, e ao seguir perpendicularmente a ela, já se inicia a subida da serra do Cardoso. Essa trilha possui várias bifurcações, provavelmente acesso aos vários garimpos da serra. Segui a trilha mais batida, e que ainda apresentava o rastro de um cavalo. Já do outro lado da serra, observei rochas curiosas, em formatos cúbicos, parecendo um conjunto de dados. Por volta das 10h cheguei a cachoeira do Funil.

Cubos de pedra, trecho da Serra do Cardoso.

      Antes mesmo de ver a cachoeira, tive a “brilhante” ideia de tentar chegar até cachoeira do Cardoso. Segundo o mapa, o acesso a essa cachoeira é seguindo a estrada inicial até o fim, pra então pegar uma trilha que leva até a cachoeira. Mas como sempre, dei um jeito de complicar, e fui procurar a tal cachoeira partir daquele ponto. Foi um vara-mato terrível, sem o menor rastro de trilha, troquei de margens algumas vezes, mas sem nenhuma melhora. Sempre muito lento e com o sol fritando os miolos. Depois de certo ponto, resolvi me distanciar do rio pela esquerda (nordeste), subindo um morrote a procura de uma vegetação mais baixa, nesse trecho teve várias escalaminhadas, já que o terreno é rochoso e cheio de fendas. Foi aí que comecei a me deparar com teias de aranhas gigantes, com fios espessos e medindo vários metros de comprimento. Vinham do topo das árvores fazendo uma espécie de “tenda”. A principio não vi nenhuma aranha, mas também não toquei nos fios, apenas segui admirado e sem muita preocupação.

Rio Cumbuca.

      Quando atingi o topo do morrote, pude ver uma vasta região a frente, era tudo muito plano e não tinha sinal de cachoeira. Já passava das 12h, e eu ainda tinha que voltar até a Funil e descer o rio conhecendo as outras cachoeiras. Devido à escassez de tempo, decidi abortar a caça a cachoeira. Na volta passei meio apressado pelas aranhas, e ao puxar um daqueles “barbantes”, vi um ninho com dezenas delas, todas agitadas e começando a se espalhar, cada uma com uns 5cm só de “corpo”. Acho que eram os filhotes, mas não fiquei para dizer “oi” para a mãe, hahahah. Enfim, segui mais distante do rio, procurando um caminho mais fácil. Depois de algum tempo, acabei interceptando uma trilha que curiosamente possuíam pegadas do cavalo. A trilha me levou a um ponto próximo a cachoeira da Funil, mas do outro lado do rio, era a continuação da trilha que eu tinha seguido inicialmente.

Cachoeira do Funil.

      A partir desse ponto, segui descendo o rio, passando pela região das “sete quedas”, e chegando na cachoeira Andorinhas, onde fiz uma pequena parada antes de seguir pra Tiburtino. Dessas três cachoeiras citadas, achei a Andorinhas a mais bonita, enquanto a Tiburtino praticamente não tem queda, mas um excelente poço. Ainda tinha a Piabinha, mas me disseram que era menos interessante, e acabei passando o resto da tarde relaxando no Poção da Tiburtino, afinal, tinha andado o dia todo. Voltei por uma trilha “alternativa”, que deve-se ficar atento, devido as diversas bifurcações.

Cachoeira Andorinhas.
Poço da Tiburtino

      Enquanto voltava para a cidade, notei um problema sério que ameaçava o reto da trip: minha bota estava descolando na lateral! De fato, era uma bota antiga usada exaustivamente em outras travessias, mas achei que agüentaria essa última, já que iria aposentá-la em seguida. Chegando em Mucugê, me informei sobre os sapateiros da cidade, mas como já era noite, deixei para o dia seguinte.

Dia 11: O dia dos sapateiros.

      Existem dois sapateiros na cidade, o primeiro eu só encontrei depois do almoço, queria que ele colasse e costurasse a bota, mas ele disse que “não era possível” costurar, então ele apenas colou, e ainda disse: “só não pode molhar”. Como não? Pra não molhar, só se eu não usasse. Então fui atrás do segundo sapateiro (Sr Mizael), esse sim fez um bom serviço, costurou ao redor das botas, exceto os bicos, salvando a trip.

      Resolvido o problema da bota, preparei a mochila e fui para a saída da cidade, afim de conseguir uma carona até o início da trilha para Igatu. Poderia ir a pé, mas eram cerca de 11km naquele asfalto perigoso. Fiquei um bom tempo tentando conseguir carona, mas já era fim da tarde e praticamente não tinha movimento na estrada, então fui para o posto de gasolina, no outro lado da cidade. Chegando lá, vi que os caminhoneiros estavam todos estacionando por lá para passar a noite, e sairiam no outro dia bem cedo, o que eram boas possibilidades de carona. 
      O legal desse posto, é que ele tem uma certa estrutura para os caminhoneiros, com chuveiros e bebedor com água gelada, além disso, tem um área com arvores. Bem... sendo assim, acabei acampando por lá mesmo, hahahah.

Acampado no posto de gasolina.

Dia 12: Mucugê x Igatu

      Acordei super cedo, esperei a lanchonete do posto abrir e tomei café. Depois disso, comecei a saga da carona, só que todo mundo tava indo na direção contrária do que eu queria. Fiquei na br em frente ao posto um bom tempo, até que de repente aparece a polícia, me acharam suspeito, me perguntaram se possuía armas ou drogas, disse que não, então eles pediram pra ver o que tinha na mochila. Essa parte foi chata, tirei tudo que tinha na mochila e fui mostrando a eles com a maior calma. Apesar de olhar a mochila, não me revistaram. Enfim, por volta de 9:30h consegui uma carona com um sr que estava numa caminhonete.

      O primeiro trecho são 2,5km de uma estradinha antiga, até a cascalheira. A partir de lá, inicia-se a trilha de cerca de 6km, a qual é bem batida e ampla. No caminho, fiz um desvio até a cachoeira do Vitorino, que apesar de bonita, estava com pouca água. Já quase chegando em Igatu, fui a procura da cachoeira dos Pombos. Encontrei sim uma cachoeira, que mais tarde descobri que era a do Ribeirão do Meio. Como ainda era 13:30h, almocei por lá e aproveitei o chuveirão da cachu pra me refrescar. 

Poço da Cachoeira do Vitorino.
Cachoeira do Ribeirão do Meio.

      Cheguei em Igatu às 15:40h, e já veio um senhor me chamando de Mário, mas logo notou a confusão. Segundo ele, esse tal de “Mário” saiu pra fazer uma trilha e ainda não tinha voltado. Fui dar uma olhada nos campings, tem dois, um “5 estrelas” (R$ 30,00) e outro mais simples (R$ 10,00), enquanto olhava esse segundo, o dono do camping comentou que não via um dos campistas há uns dois dias. Como ainda dava tempo, fui até a toca do Badega, na região mais alta da cidade.

      Para se visitar a “gruma”, paga-se uma taxa de R$ 5,00, e o passeio é um tour pelos salões, com direito a nadar no lago que fica logo na entrada. O interior da gruma é bem grande, e possui vários bonecos de barro representando os coronéis da época do garimpo. Eu achei muito sinistro aqueles bonecos iluminados a luz de velas naquela escuridão toda. E pra quem gosta de história, conversar com Sr Badega é um prato cheio, já que ele viveu a vida toda naquela região e gosta de um dedo de prosa. Quando saí de lá já estava escurecendo, acabei acampando lá por perto mesmo. 

Interior da toca do Badega, escura e úmida.


Dia 13: Igatu x Andaraí

      Acordei bem cedo e desci para a vila a procura de um café, mas tudo ainda estava fechado. Então resolvi ir até as ruínas, no caminho passei pela igreja e pelo cemitério bizantino. Enquanto batia algumas fotos do cemitério, um senhor veio até a mim perguntando se eu era fotógrafo, disse que não, que era apenas um turista comum. Mas ainda assim ele me pediu para bater uma foto dele em frente a “sua igreja”, ele disse que queria uma lembrança. O que me chamou muito a atenção foi seu semblante triste e olhar distante, falava como se estivesse se despedindo de alguma coisa, e como se a foto fosse a única lembrança que restaria. Depois disso ele me mostrou o túmulo onde estão enterrados seus pais e filho, e ainda me contou algumas histórias. Ainda quero enviar a foto de presente.

Ficou torta, mas taí a foto citada.


Cemitério Bizantino de Igatu.

      Quando voltei para a praça, a surpresa, estava ocorrendo uma confraternização com café da manhã para todos, com os mais diversos tipos de comida, e claro, não faltou os beijus e cuscus, comida típica da região. Depois de me fartar naquele delicioso banquete, voltei até a toca do Badega, onde encontrei o mesmo, que conversava com um outro rapaz sobre o homem desaparecido. Desmontei a barraca, arrumei a mochila e peguei a trilha para a famosa Rampa de Caim.

No caminho entre a igreja e a praça.
      O início da trilha é atrás do campinho de futebol, mas deve-se ter atenção para não seguir na direção errada, já que tem outras trilhas por lá. Uma vez na trilha, só existe uma bifurcação, em “Y”, que fica a 3km do início e deve-se pegar a direita, além disso, basta seguir a noroeste que não tem erro. Iniciei a trilha por voltas das 9:30h, no caminho passei em várias tocas de garimpo, e quando eu cheguei na bifurcação, quem eu encontro? Mario, que estava desaparecido há 3 dias. Ele abriu os braços e com a voz trêmula, disse: “que bom te ver por aqui, achei que nunca mais iria ver alguém”. Ele estava emocionado, e realmente achou que ali seria o seu fim. Apesar de tudo, ele parecia bem. Como ele estava sobre a trilha, imaginei que estava tudo certo, era só ele voltar, foi aí que ele disse que já tinha voltado pela trilha e não tinha conseguido chegar a Igatu. Bem, pra mim, a trilha era batida, e só existia uma bifurcação, mas como ele errou em algum outro ponto, não vi outra opção a não ser levá-lo até a vila. Joguei a cargueira no chão e voltei os 3 km, deixando-o próximo ao campo.

Toca no caminho.

      Após voltar até a mochila (só aí foram mais 6km de brinde), segui a diante rampa acima. Enquanto caminhava não parava de pensar no motivo daquela trilha se chamar “rampa”, já que era uma trilha comum, com sobe e desce e curvas, e nada tinha a ver com uma rampa. No último trecho da trilha é que tudo foi explicado, lá existe uma pequena rampa, além de um pequeno lago artificial, ambos eram usados no garimpo, pelo tal de Caim. Depois do lago, finalmente cheguei ao mirante, que é um lugar incrível e com um visual de encher os olhos, de onde é possível observar o vale rio Paraguaçu e o "fim" do vale do rio Pati. 

Vale do paraguaçu visto do Mirante de Caim.
Fim do vale do rio Pati. 

      Após curtir o visual e fazer um lanche, dei início a parte pauleira da travessia. Normalmente são feitos bate-e-volta na rampa, mas minha intenção era descer até o Paraguaçu e seguir até a toca do morcego, chegando enfim, a Andaraí. 

      O primeiro desafio foi vencer o desnível de ~600m, entre o mirante e o colo do rio, é uma piramba de respeito, forçando muito os joelhos, ainda mais com a cargueira pesada nas costas. Cheguei ao rio as 13:30h, e a partir desse ponto segui por ele, pulando pedra em alguns trechos e por trilhas nas margens em outros. Uma coisa que me deixou intrigado é que o rio é extremamente largo, além de ter pedras gigantes no seu leito, no entanto, o pouquíssimo volume de água não justificava tudo aquilo. Foi aí que consultei o mapa e encontrei a explicação, o Paraguaçu é um dos maiores rio da região, e sua bacia hidrográfica tem milhares de km¬2, se chover por alguns dias seguidos o volume de água aumentaria dezenas de vezes, o que explicaria um leito daquele porte.

Leito do rio Paraguaçu.

      Andar pelo Paraguaçu não foi fácil, já que é muito desgastante subir e descer dezenas de pedras gingantes, sem contar as trilhas laterais, que me faziam subir quase que em linha reta, como se estivesse indo para céu, e depois descer tudo de novo voltando pro rio. No caminho vi um acampamento de garimpo com barracas de lona, coisa recente, mas por precaução, não me aproximei. Já bem próximo da br, na margem esquerda, passei receoso sob pedras que pareciam estar quase caindo. Talvez ainda demore décadas até caírem, mas melhor precaver. As 17:15h cheguei a cachoeira Donana, que fica ao lado da Toca do Morcego, finalizando a trilha. Passando pela toca, tomei uma coca gelada pra comemorar, e logo em seguida segui pelo o asfalto em direção a Andaraí. No caminho, olhando-se a esquerda pode se avistar a Pedra da Galinha, e com alguns minutos venci os 3km restantes até cidade. 

Pedras suspeitas.


Poço da cachoeira Donana.

      Eu não sei exatamente o que aconteceu, mas definitivamente esse foi o dia mais cansativo de toda a viagem. Chegando em Andaraí, me hospedei no Hotel Santa Izabel, lugar bem simples e com bom preço (R$ 15,00 diária). Estava com fome e doido pra tomar um banho, no entanto, sentei na recepção e fiquei lá, sem me mover, parecendo um zumbi, totalmente atordoado. Depois de alguns minutos recuperando as energias, pude então me recompor.

Dia 14: Cachoeira do Ramalho

      Segundo informações, umas das cachoeiras mais interessante de Andaraí é a Ramalho, por isso, tirei o dia pra ir a sua procura. Pela manhã fui a padaria tomar café, mas não tinha café, então fui na outra, que tinha café mas não tinha pão. Voltei para o hotel, indignado, e acabei tomando café por lá mesmo. Após o café, iniciei a saga de encontrar o início da trilha, e depois de perguntar a mais de 10 pessoas e seguir por alguns lugares errados, cheguei a estradinha onde da acesso ao início da trilha. 

      Já passavam das 10h, e no caminho encontrei um senhor que me informou que para chegar a cachoeira, deveria seguir pulando pedra rio acima. Depois de um pequeno trecho de trilha, cheguei ao rio. Para evitar pular pedra, tive mais uma das minhas “brilhantes” idéias, e resolvi subir o morro a esquerda, evitando o rio. O que eu não sabia era que esse trecho é cheio de fendas enormes, além de uma floresta de xiquexiques e canelas de ema. Depois de ver a furada que tinha me metido, voltei e peguei a trilha, que ao contrário do que me disseram, é toda pela margem. 

      As 12:30h cheguei na cachoeira, que é muito bonina, e vale muito a pena. Lá encontrei um casal acompanhado de um guia, mas que logo foram embora. Fiquei um bom tempo por lá apreciando o lugar e relaxando, apenas com o belo som da água escorregando pelas pedras. Depois voltei pela trilha, dessa vez sem contratempos, chegando ao centro em menos de 1 hora e meia. Passei o resto da tarde fazendo compras para abastecer a mochila, já que no dia seguinte pretendia ir para Lençóis, via estrada do garimpo.

Cachoeira do Ramalho.
Poço da Ramalho.

Dia 15: Dia perdido...

      Durante a noite fez um pouco de calor, e acabei dormindo com o ventilador ligado. Acordei resfriado, com a cabeça doendo. Além disso, meu intestino estava um tanto “indisposto” e o tempo estava fechado com chuva iminente. Ainda assim, pretendia seguir com o planejado. Mas as meninas que trabalhavam no hotel me fizeram um chá com limão, mel e folhas de acerola. Pensei melhor e decidi tirar uma folga, para que o chá fizesse efeito. Fazer a trilha naquelas condições poderia piorar o meu estado, comprometendo o resto da trip. Então fui de ônibus para Lençóis, para isso fui de ônibus até Tanquinho, e de lá dividi um “táxi” até Lençóis. Cheguei lá no meio da tarde, procurei um camping e passei o resto da tarde conhecendo a cidade e escolhendo a trilha do dia seguinte.

 
Uma das principais ruas de Andaraí.


Antonio Junior

4 comentários:

  1. Meu caro Antônio Junior estava lendo seus posts e aquela foto da igreja não está torta é por causa da sua lente quando você uma grande angular as linhas retas tendem aconvergir para o centro no topo da a solução é uma tele como uma 70-200mm 2.8 que eu tenho ou se você tem uma zoom poderosa colocar em pelo menos 200mm, quanto à foto do senhor sentado quase não dá pra ver quem é ai você na diferença de perspectiva imagine o tamanho da igreja e o tamanho do homem se você tivesse colocado ele a uns 2,5 ou 3 matros da sua lente e fizesse um meio corpo ela saia bem e a igreja também.
    em setembro do ano passado estive nesta igreja e inclusive na hora estava acontecendo uma missa pois era um domingo pela manhã.
    Espero que as minha dicas sejam úteis pois são 25 anos de estrada como repórter fotográfico.
    Um abraço

    ResponderExcluir
  2. Caro Junior quando estive em Mucugê logo depois de você em setembro passado procurei infomrção sobre as tais aranhas gigentes que você relata aqui no blog e ninguém sabia me informar gostaria que você me desse informações sobre o local e como chegar lá você fez alguma foto destas aranhas porque pelo que você diz no seu relato devem ser muito grandes mesmos pois se os filhotes medem em torno de 4,5cm imagine as adultas gostaria de na próxima ida a chapada ver as ditas cujas.

    ResponderExcluir
  3. Obrigado pelas dicas!
    Então, eu não estava com gps, por isso não sou capaz de dar uma localização precisa. O "local mais ou menos" é como está descrito no relato. Subindo o rio a partir da Funil, margem esquerda. Eu devia ter registrado com fotos, mas tava com uma certa pressa.
    abraço

    ResponderExcluir
  4. Obrigado pela dica Junior em setembro próximo vou pra Chapada e ai quero ver se encontro as tais aranhas pois segundo meu amigo Edmundo Vilarinho gerente do Museu do Garimpo em Mucugê se forem localizadas poderão servir como mais uma atração turistíca.

    ResponderExcluir